Cinza na paisagem
solitária na planura*
rodeada de neblina*
ela estende os longos braços*
para alcançar o azul
**
a alma arranha a lonjura*
tremente de dúvidas e de emoção *
sem coragem de implorar o céu*
- aquele por que anseia*
toda a mortal criatura
**
quando a neblina virar chuva*
tentáculos-raízes *
poderosos como veias *
afundarão mais e mais*
no solo macio*
de um mortal coração
**
o tempo ingrato e perverso, *
que recusa a bênção do sol*
e a doçura da brisa,*
num enleio de interesses *
com e sem razão,*
a natureza inferniza
**
não há céu, não há azul... *
e a árvore despida*
em agonia sentida *
maldiz a criação.
Guima
Etiquetas: momentos
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