...nas águas agitadas do existir...
...no mar desta vida largamente vivida,
naveguei ao sabor das estações...
... quase sempre sem arrimo ...
muitas vezes boiando, em névoa consentida,
para mitigar a perda de ilusões...
*
... na convivência com a dor
- aquela que só dói por que se existe,
a que, dentro de nós, cava em surdina
sem conhecer regras ou mentor -
naufraguei algures numa praia
por mim não conhecida...
...e onde aprendi muitas coisas...
- também a afogar sonhos -
e a enterrar desejos
e a vontade em perseverar...
*
...porém, nunca esqueci,
nesse mar agitado de emoções vividas,
um mundo de sentires exacerbados
por alguém amado até ao limite da paixão...
*
... o mar é agitado, a natureza ensandecida...
pobre natureza à míngua de cuidados,
martirizada, carente, sequiosa!...
*
... hoje, faço o que posso, nesta luta insana
que é a tentativa de prolongar a vida
de tudo que sofre ou que fenece...
- (não a tua, decerto, que não queres, nem posso) -
mas apenas a de uma humilde rã
ou a de uma bela rosa...
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Etiquetas: desabafos, reflexões...
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